Confirmação ou Crisma
A Confirmação ou Crisma “tem sua base no mistério da efusão do Espírito no Pentecostes, que inaugurou o tempo da Igreja e a missão dos Apóstolos e dos crentes no mundo”[1]. O tempo da Igreja é o tempo do Espírito Santo. O sacramento do Crisma é o sacramento da plenitude do Espírito, ou seja, é o sacramento que confirma o batizado e o compromete com a comunidade dando testemunho do evangelho. No sacramento da confirmação temos, dois gestos importantes, a imposição das mãos e a unção. “À invocação do dom do Espírito, a confirmação acrescenta o sinal da imposição das mãos, para indicar que o senhor toma posse do crismando. […] A unção, em analogia com a dos profetas, sacerdotes e reis do Antigo Testamento e com a unção de Cristo (cf. Lc 4,18; At 4,27; 10,38; Hb 1,9), é o sinal da atuação divina que vem invadir os corações e transformá-los com vistas à missão conferida a cada um”[2]. Os Sacramentos do batismo e da confirmação compõem duas fases da mesma doação de Deus ao ser humano, enquanto o primeiro imerge a pessoa na intimidade da Santíssima trindade, o segundo a ajuda a fazer brilhar essa nova vida com ardor de uma nova vida conduzida pelo Espírito Santo[3].
Por: Pe. Leandro Paulo do Couto
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[1] Carlo ROCCHETTA, Os Sacramentos da fé: Ensaio de teologia bíblica sobre os sacramentos como “maravilhas da salvação” no tempo da Igreja, 1991, p. 266.
[2] Bruno FORTE, Introdução aos Sacramentos, 1996, p. 51-52.
[3] Cf. Idem, p. 53,